O Green Building é uma tendência que visa incentivar construções mais verdes e sustentáveis. Essa prática estimula a edificação de projetos que focam no bem-estar social do entorno e daqueles que possuem contato direto. Para isso, há uma série de características que definem se o prédio pode ser determinado como responsável ambientalmente ou não.
Portanto, esse artigo abordará o conceito de Green Building e a sua certificação necessária. Além disso, serão apresentados os benefícios dessa tendência e dicas de como alinhar esse conceito à sua construção.
Boa leitura!
O conceito Green Buildings
Green Buildings diz respeito a um conceito que compreende os impactos ambientais e sociais das edificações. Sendo a definição de tudo aquilo que se refere ao planejamento, concepção, construção e operações de edifícios verdes e sustentáveis.
Contudo, é preciso ter considerações focadas no planejamento da área que será construída e no uso eficiente de energia, principalmente a renovável. Ademais, é preciso reduzir o uso da água e promover um consumo eficiente. E ainda é necessário realizar a conservação de materiais, de recursos e da qualidade do ambiente interno e externo.
De acordo com o Conselho Internacional da Construção (CIB), citado por um estudo sobre o assunto, a indústria da construção é o setor que mais consome os recursos naturais e de energia, gerando impactos ambientais. Por isso, se torna essencial adotar projetos mais sustentáveis nesse setor.
“A construção sustentável é a aplicação da sustentabilidade nas atividades construtivas sendo definida como a criação e responsabilidade da gestão do ambiente construído, baseado nos princípios ecológicos e no uso eficiente de recursos”.
E é nesse sentido em que surge o conceito de Green Buildings. O artigo ainda cita as principais características desse conceito, sendo eles:
- Uso eficiente de energia, água e outros recursos;
- Uso de energia renovável, como a luz solar;
- Redução da poluição e desperdício, permitindo o uso da reciclagem;
- Boa qualidade do ar no ambiente interno;
- Uso de materiais não tóxicos, éticos e sustentáveis;
- Considera o ambiente no design, construção e operação;
- Considera a qualidade de vida dos ocupantes no design, construção e operação;
- Uso de design que possibilita a adaptação da construção.
A certificação refente a essa tendência
Para o edifício ser caracterizado como um Green Building é preciso ter a certificação Leadership in Energy and Environmental Design (LEED). Esse é um sistema internacional de selo e orientação ambiental para edificações. O certificado é conferido por Green Building Council (GBC) para aqueles que se adequarem aos critérios energéticos e ambientais.
Só no Brasil, segundo a GBC, há mais de 533 projetos certificados. Esse é um resultado que fez o país ocupar a quarta posição no ranking mundial de construções certificadas LEED. A frente de 162 países e atrás apenas de China, Índia e Canadá.
Destaca-se que o intuito dessa certificação, e dessa tendência, é diminuir os impactos ambientais causados pela construção civil, fornecendo melhoria na qualidade de vida. O bem-estar do entorno e daqueles em contato com projeto é também um dos principais objetivos.
As paredes vivas, como também são conhecidas, precisam passar por uma avaliação com foco em algumas categorias. Em cada resultado positivo, o projeto ganha pontos que definem o nível da certificação, sendo o máximo 110. Aquele edifício que recebe de 40 a 49 pontos recebe o nível Certified. Já os de 50 a 59 são denominados Silver, os de 60 a 79 ganham o reconhecimento Gold, e os acima de 80 são Platinum.
As categorias analisadas pela GBC são:
- Localização e transporte;
- Terrenos sustentáveis;
- Eficiência Hídrica;
- Energia e atmosfera;
- Materiais e recursos;
- Qualidade do ambiente interno;
- Inovação;
- Prioridade regional;
- Processo integrativo.
Os benefícios dessa tendência
Por ser uma construção que foca na sustentabilidade, os principais benefícios dessa tendência envolvem os impactos ambientais. Destaca-se que a definição de sustentabilidade é tudo aquilo “que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”.
A Organização das Nações Unidas (ONU) idealizou uma agenda para 2030 que contém 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O intuito desse acordo é estimular uma vida justa e digna para todos. O objetivo número 11 aborda a necessidade de tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis. Isso porque, 79% das emissões dos gases de efeito estufa são causados por setores da infraestrutura.
Dessa maneira, as vantagens desse modelo de construção afetam diretamente, a longo prazo, a sociedade. Além disso, para quem entra em contato com esse projeto, seja durante a construção ou após a entrega, terá uma maior qualidade de vida e bem-estar.
E claro, para as construtoras há também algumas vantagens. Como o objetivo é incentivar a sustentabilidade, o custo das operações caem, tendo em vista a redução na possibilidade de multa por descumprimento de alguma característica.
E ainda, prédios com certificado LEED tendem a ter uma precificação mais alta. Isso porque há um maior valor aos edifícios verdes por terem um cuidado com o entorno e o meio ambiente. Segundo um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV), citado pela Exame, os Green Buildings promovem uma valorização por metro quadrado no aluguel de 4% a 8%.
As pessoas estão mais predispostas a investir e apoiar projetos sustentáveis por reconhecer a importância dessas práticas na sociedade e a longo prazo.
Como ter uma obra alinhada a esse conceito
Para ter uma obra alinhada a essa tendência é essencial seguir os principais passos com relação à sustentabilidade. Ou seja, é preciso ter consciência com os impactos ambientais durante todo o ciclo de vida do prédio. Ressalta-se a necessidade de ter foco em desenvolvimento sustentável até depois da entrega do projeto.
E claro, basta acompanhar as principais categorias avaliativas do certificado LEED para ter um direcionamento do que deve ser feito. Vale destacar que o selo pode ser adquirido em qualquer momento das etapas de construção. No entanto, por serem características especificas e que afetam os processos, o ideal é que o projeto tenha esse foco desde a etapa do planejamento para ficar mais fácil de estruturar todas as fases a seguir.
Por isso, faça uma boa gestão de resíduos com o descarte correto, evite desperdícios e tome cuidado com a contaminação do solo. Pense em proteções acústicas e térmicas, e faça uso de um maior controle energético e hídrico.
Lembre-se que uma das categorias de avaliação do certificado está relacionada ao uso de recursos e materiais não tóxicos, éticos e sustentáveis. Por isso, escolha insumos que são responsáveis ambientalmente, que colaboram com isolamento térmico e acústico e possuem design sustentável.
Os blocos cerâmicos são uma excelente opção para os edifícios verdes. Eles impactam diretamente no meio ambiente ao reduzir a emissão de gás CO2 e por utilizarem menos água em sua composição.
Próximo passo
Os prédios verdes são tendências que ganham repercussões a cada ano. Isso porque a importância da sustentabilidade perante a sociedade também tende a crescer com o passar do tempo. Logo, saber aproveitar esse momento é fundamental para ter uma construção mais responsável socialmente e ambientalmente.
E se deseja compreender melhor como os blocos cerâmicos impactam positivamente no meio ambiente, acesse o nosso conteúdo de blog.