O ESG na construção civil tem se tornado uma grande tendência, apesar de ser uma prática antiga. Isso se dá graças à evolução da discussão sobre sustentabilidade, reforçando a urgência de ações mais conscientes e responsáveis.
Para conhecer um pouco mais sobre o conceito, continue a leitura. Reunimos neste texto as principais informações referentes ao assunto. Confira a seguir!
Qual é o conceito de ESG na construção civil?
O ESG na construção civil tem se tornado, ano após ano, uma forte tendência. Isso porque, o conceito aborda questões referentes ao meio ambiente, desenvolvimento social e governança. Isto é, a sigla diz respeito às palavras em inglês: Environment; Social e Governance.
Portanto, a prática visa identificar e analisar o impacto e influência dessas três áreas na operação de empresas e, nesse caso, de construtoras. Ou seja, aqui são apontados processos e requisitos que incentivam e buscam a sustentabilidade, concordância com leis e a geração de bem-estar por completo.
O ESG tem ganhado muito espaço em diferentes áreas, principalmente na construção civil devido à sua característica ampla. Afinal, aqui trata-se de melhorias, desde as organizacionais até as de produção, sempre apontando os impactos socioambientais e econômicos.
Além disso, com o aumento da discussão sobre sustentabilidade na construção civil, o ESG passou a ser uma referência às construtoras que buscam medir as consequências causadas por esse tripé nas operações.
Acrescenta-se o fato de que os clientes estão mais exigentes quanto ao assunto e preferindo as empresas que praticam a conscientização ambiental.
E sabemos que o setor da construção civil causa grandes efeitos sociais e ao meio ambiente. Entretanto, eles podem ser resolvidos a partir de uma administração focada em reduzi-los, promovendo bem-estar a todos os envolvidos.
Um relatório produzido pela Organização das Nações Unidas (ONU) e a Universidade de Oxford aponta que, somente as infraestruturas são responsáveis por 79% das emissões totais de gases de efeito estufa.
Logo, o objetivo do ESG na construção civil é promover desenvolvimento por meio da sustentabilidade. Tendo em vista que a metodologia é construída por um conjunto de boas práticas que analisam se a construtora é socialmente adequada, corretamente administrada, consciente e sustentável.
Pilares do ESG aplicados no setor
Os pilares do ESG, se aplicados ao setor, garantem ainda mais eficiência às construções. Isso porque cada um deles aponta melhorias que devem ser efetuadas para poder gerar qualidade do resultado, melhor gestão de recursos e produtividade. Este último, inclusive, só será possível devido ao maior engajamento dos profissionais.
Antes de abordar os outros pilares, devemos destacar com mais veemência o de Environment (Meio Ambiente), já que ele é o responsável pelo ESG ter se tornado tendência no setor.
Nele são abordados a gestão de recursos eficiente e o uso de práticas que colaboram para a promoção da sustentabilidade na construção civil, como o uso de insumos verdes, resistentes e que promovam bem-estar.
São analisados todos os artifícios que a construtora utiliza para colocar suas operações em prática, além dos efeitos ao meio ambiente, como as emissões de CO2, crises hídricas e descarte incorreto.
Ou seja, aqui deve-se administrar o uso de energia e água, bem como garantir a redução de resíduos e desperdícios. E isso poderá ser realizado através da aplicação de materiais duráveis e de qualidade, eliminando perdas, retrabalhos e custos.
Já o pilar Social aborda o desenvolvimento de relacionamentos da empresa. Aqui são analisadas as ações que promovem bem-estar, conforto e justiça a todos os envolvidos, incluindo funcionários, fornecedores e comunidades.
Além disso, é analisada a reputação da construtora, conferindo se há práticas de diversidade, inclusão e respeito aos direitos humanos.
Por fim, o Governance refere-se às ações internas da empresa quanto à administração e controle das atividades. Ou seja, ocorre a avaliação dos princípios organizacionais para a definição de responsabilidades, expectativas e direitos das partes interessadas na governança.
Para isso, é avaliada a capacidade da gestão de tomar decisões assertivas e conscientes, conforme as leis e normas. Sem deixar de alinhar as necessidades dos stakeholders.
Como a construtora pode se beneficiar com esse conceito?
O ESG é uma prática desenvolvida no setor financeiro, na década de 70. O intuito era estabelecer critérios, que hoje são os pilares do conceito, para a garantia de um investimento seguro, de qualidade e capaz de gerar bons resultados.
Assim, os investidores poderiam ter uma maior certeza de que as operações estavam em cumprimento de leis, fortalecendo a imagem da empresa e atraindo novos consumidores.
Portanto, as construtoras que não se adéquam aos critérios de ESG perdem grandes oportunidades e se tornam, cada vez mais, vulneráveis no mercado.
Logo, se preocupar com os recursos utilizados na obra, bem-estar dos funcionários e conformidade com as normas, proporciona, principalmente, um melhor desempenho financeiro.
Isso se dá devido ao consumo responsável dos recursos e a facilidade de atração de investidores, visto que o ESG é um dos critérios mais valorizados nos fundos e bancos de investimento.
Acrescentamos também o potencial da sustentabilidade em garantir lucratividade. O investimento inicial nessas práticas pode ser até maior. Mas, há ganhos futuros certos em produtividade, otimização e rentabilidade.
Ainda, como abordamos ao longo do texto, os materiais verdes tendem a ser mais resistentes e de qualidade. O que também diminui os gastos com retrabalhos, atrasos e perdas por quebras e avarias.
Da mesma forma que colabora com o relacionamento com os stakeholders. Afinal, ações sustentáveis e transparentes são fundamentais para a conquista de novos parceiros.
Em resumo, o ESG aplicado na construção civil melhora a reputação e o posicionamento mercadológico da sua construtora. Afinal, o consumidor está cada vez mais atento à sustentabilidade na construção civil.
E isso também mostrará aos clientes e ao setor, uma preocupação quanto a atualização com as novas demandas. Isso não só demonstrará credibilidade, como comprometimento em entregar o que há de melhor no mercado, se adequando às novas realidades.
Próximo passo
Para começar a colocar em prática o ESG na construção civil deve-se atestar, em um primeiro momento, que os empreendimentos seguem os critérios apresentados neste texto.
Para isso é preciso obter certificação que comprove a eficiência das atividades da sua construtora com relação à sustentabilidade, desenvolvimento social e governança.
De todo modo, caso ainda não aplique práticas sustentáveis às atividades da sua construtora, recomendamos que comece por elas. Assim você poderá ir se adequando aos poucos aos pilares do ESG.
Portanto, acesse o nosso conteúdo de blog para entender como os blocos cerâmicos impactam o meio ambiente e, assim, começar a investir em sustentabilidade.