Um dos principais impactos e desafios causados pela Covid-19 na construção civil é a de falta de insumo. E, com isso, o preço dos materiais que estão no mercado aumentou por conta da alta demanda e da pouca oferta. Contudo, o setor da construção civil continua crescendo e retomando boa parte das atividades.
Por isso, esse conteúdo vai te fazer entender melhor esse contexto e te apresentar formas de minimizar esses prejuízos e contornar essa situação para incentivar o crescimento contínuo do setor.
Falta de insumos: cenário atual da construção civil
A falta de insumos na Construção Civil é um resultado direto do distanciamento social causado pela pandemia da Covid-19. Isso porque com a necessidade de isolamento, no começo da crise, para controlar o contágio do vírus, as atividades do mercado precisarem ser encerradas por um tempo. Isso atrasou a entrega de projetos e fez com o índice da construção civil caísse no início da pandemia para 2,4%, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).
Com a paralisação da maioria das atividades do setor, os insumos também sofreram quedas na produção. Portanto, quando o setor começou a voltar aos poucos, não havia a quantidade necessária de materiais para a distribuição, fazendo com que aumentasse o preço dos mesmos por conta da alta demanda e pouca oferta.
Outra análise da CBIC sobre o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), aponta para um aumento de 1,89% do custo dos projetos. Essa alta é a maior desde 2016. A mesma pesquisa aponta para o crescimento de 4,38% do custo dos materiais e equipamentos.
Ainda segundo a CBIC, os insumos que mais sofreram aumento no preço foram: vergalhões e arames de aço ao carbono (21,34%); tubos e conexões de ferro e aço (11,56%), tubos e conexões de PVC (7,39%); tijolo/telha cerâmica (2,57%), e condutores elétricos (3,78%).
Crescimento das atividades da construção civil
Apesar da falta de insumos e alta dos custos serem uma grande preocupação dos empresários e das construtoras, como aponta a Sondagem Indústria da Construção, com 54,2%, o cenário da construção civil tem se desenvolvido cada vez mais.
O PIB do segundo semestre da construção civil de 2021, sofreu um aumento de 2,7% se comparado ao primeiro trimestre do ano, conforme a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) sobre os dados do IBGE.
De acordo com o Informativo Econômico da CBIC em parceria com o SENAI os principais motivos para essa crescente são:
- Desempenho positivo do mercado imobiliário;
- Expressivo incremento do crédito imobiliário;
- Geração de novos postos de trabalho.
Como a falta de insumos pode prejudicar os negócios
Apesar do desenvolvimento da construção civil, a falta de insumos pode prejudicar os negócios. Isso porque a escassez pode atrasar o resultado final do projeto ou até mesmo paralisar as obras.
Além disso, pode aumentar o custo dos materiais, o que já está acontecendo, como vimos anteriormente, e expandir o preço das obras para o consumidor final. E esse cenário pode resultar, mais uma vez, em uma queda do desempenho da construção civil como um todo.
Esse contexto é um ciclo em que cada um dos pontos apresentados nesse texto até agora, possuem grande impacto uns sobre os outros. Dessa forma, a falta de insumos pode reduzir a lucratividade para as construtoras.
Como minimizar os prejuízos
Apesar do cenário confuso atual, há algumas práticas que podem ajudar a minimizar os prejuízos. São elas:
É preciso estar atento as tendências
Manter-se atualizado e atento às tendências e as apostas do mercado da construção civil é uma forma de minimizar os prejuízos causados pela falta de insumo. Isso porque algumas tecnologias e métodos podem ajuda a aumentar o desenvolvimento e a produtividade.
Apostar em uma construção mais sustentável, por exemplo, é uma grande forma de contornar os impactos dessa crise. Com as práticas de sustentabilidade nos obras, o não desperdício de insumo é incentivado, assim como a redução de custos. Porque, com a economia da energia, gestão da água e com o reaproveitamento de materiais, o preço total da obra reduz, podendo ser utilizado para a compra dos insumos.
Tenha um bom planejamento da obra
Apostar em bom planejamento e gerenciamento da obra também é uma forma de enfrentar os problemas causados pela falta de insumos. Isso se dá por a pesquisa ser a parte mais importante para o controle financeiro da obra.
Com a análise assertiva do custo da mão de obra, de capacitação, de equipamentos e dos insumos necessários, é possível decidir em qual poderá reduzir o investimento ou não.
Assim, dando prioridade certa para o que é extremamente necessário, ocorre o equilíbrio financeiro da construção, sem prejudicar o preço final, tanto para a construtora quanto para o cliente.
Invista em boas negociações com os fornecedores
Ter um bom contato com os fornecedores pode ser a chave para dar uma continuidade saudável do negócio. Em momentos de crise pela falta de insumo, se o seu contato com o fornecedor for bom é possível conseguir uma negociação favorável que vá beneficiar o seu negócio com bons preços de materiais.
E essa negociação ainda pode te render um aumento na vantagem competitiva no mercado por ser um dos únicos que manterá os prazos de entrega e o alto padrão de qualidade.
E agora?
Com esse texto você conseguiu entender um pouco mais sobre o cenário atual da construção civil e como a falta de insumo aumentou os preços dos mesmos. E sem insumos, as obras sofrem atrasos e grande perda na lucratividade.
Apesar da alta no desenvolvimento do PIB do setor, o contexto não é tão favorável. Por isso, você também viu práticas que vão auxiliar o seu negócio durante esse período de crise.
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