Um bom planejamento para 2023 deverá considerar as tendências da construção civil. Para isso, é preciso conhecê-las e analisar o contexto econômico do setor para saber como e em qual delas investir no próximo ano.
Pensando nisso, neste artigo, reunimos as principais expectativas do setor e tendências para 2023. Confira!
Quais são as tendências da construção civil para 2023?
Muitas das tendências da construção civil para 2023 são ferramentas já conhecidas e tidas como grandes expectativas durante os últimos anos. Isso se dá pelo fato de que ainda há certa resistência quanto à aplicação delas ou ao seu entendimento por completo.
Por isso, nem todas as construtoras as utilizam com frequência, como deveria ser. Dessa forma, até que elas não sejam tidas como novidades, sendo aplicadas nas atividades da construção civil com frequência, continuarão sendo vistas como tendências do setor.
De qualquer modo, para 2023, há expectativas de crescimento no setor, facilitando a aplicação e investimento em tecnologias e soluções inovadoras.
Afinal, a construção civil está passando por uma retomada e, portanto, projeta um cenário positivo para o próximo ano. E de acordo com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), a economia brasileira surpreendeu durante o primeiro semestre de 2022.
Isto é, depois de dois anos árduos de pandemia, há uma percepção significativa quanto a uma retomada das atividades e com projeções positivas para 2023. A CBIC ainda afirma que o cenário favorável para o setor é derivado de fatores como, o Auxílio Brasil, liberação do FGTS e o avanço da vacina.
“Por ser responsável por grande parte da economia do país, a construção civil é o futuro. Por isso, é essencial investir mais no segmento e nos jovens profissionais que estão dispostos a se especializar e trazer inovação para o setor” – Ieda Vasconcelos, economista do Sinduscon-MG e da CBIC.
Análises da Confederação Nacional da Indústria (CNI), citadas pelo portal Engenharia 360, apontam para um olhar otimista dos economistas durante a transição deste ano para o próximo. Tendo em vista que toda a economia está começando a movimentar todos os setores.
Diante do cenário favorável, confira a seguir as principais tendências da construção civil para 2023.
Inovação na construção civil com as Construtechs
As Construtechs são modelos de Startups que promovem e utilizam tecnologia para desenvolver soluções inovadoras para a construção civil. Segundo a aceleradora Terracotta Ventures, já existem mais de 955 dessas organizações no Brasil.
Esse segmento de empresa chega para acabar com a resistência ao uso de ferramentas modernas. Isso porque, com elas, será possível agilizar processos e aprimorar a qualidade dos serviços prestados. Essas Startups são agentes da transformação digital no setor, gerando valor a cada etapa.
Com a ajuda das Construtechs, as construtoras poderão se destacar no mercado e se tornarem, cada vez mais, relevantes e competitivas. Afinal, elas são responsáveis por propagar e desenvolver inovação na construção civil.
Com as soluções tecnológicas de processos, execução de obras e inovações da cadeia produtiva, será possível diminuir custos e desperdícios, evitar acidentes, falhas e retrabalhos. Além de, consequentemente, aprimorar a produtividade e a saúde financeira dos projetos e da sua construtora.
Para acrescentar, a propagação de novas tecnologias criadas pelas Construtechs (como softwares, aplicativos e plataformas), ajuda na eficiência da gestão, contratação de mão de obra e aplicação de soluções sustentáveis.
Além disso, elas contribuem para o monitoramento remoto, avaliações e manutenções preditivas, otimizando tempo e investimento.
Em resumo, as Construtechs colaboram para mudanças estratégicas e inteligentes nos formatos de negócios do setor e em todas as etapas do projeto. A integração das atividades garante a construção de históricos, análise de dados e tomadas de decisão mais assertivas.
Cidades Inteligentes
Já as Cidades Inteligentes (smart cities, em inglês) é o conceito que descreve cidades criativas e sustentáveis. Aqui são utilizadas tecnologias para construir um processo de planejamento que envolve os cidadãos.
Segundo o Governo, no Brasil, as Cidades Inteligentes, são comprometidas com o desenvolvimento urbano e a transformação digital consciente. Ou seja, o que define este conceito são os aspectos econômicos, ambientais e socioculturais que atuam de maneira planejada, inovadora, inclusiva e em rede.
O objetivo é promover letramento digital, governança, gestão colaborativa e usar a tecnologia para solucionar problemas reais. Isto é, criar oportunidades e oferecer serviços com eficiência.
Além disso, visam reduzir desigualdades, aumentar a resiliência e melhorar a qualidade de vida de todas as pessoas. Isso só será realizado por meio do uso seguro, responsável e inteligente de dados e das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs).
Sendo assim, é papel da construção civil garantir que os projetos sigam esses atributos para otimizar recursos naturais e de energia, ao mesmo tempo em que promovam melhores condições de mobilidade e moradia.
O G1 aponta que, apesar de o setor estar se beneficiando com a crescente das Cidades Inteligentes, um de seus grandes desafios é a utilização das tecnologias de maneira estratégica para a implementação de construções inovadoras.
Realidade Aumentada
A Realidade Aumentada (RA) é uma das tendências da construção civil para 2023 que vem sendo prevista, com expectativa crescente, com o passar dos últimos anos.
No entanto, já é possível enxergar alguns de seus usos e assim, prever uma aplicação ainda mais forte para os próximos 12 meses.
Aqui, ocorre a interação entre o ambiente real com elementos virtuais para facilitar a visualização do projeto. Com a ajuda desta tecnologia é possível evitar erros e retrabalhos, contribuindo para a produtividade e saúde financeira do projeto. Ou seja, é possível prever incompatibilidades e melhor planejar os espaços.
Cabe ressaltar que essa ferramenta colabora com a experiência do cliente. Afinal, ao apresentar a projeção do empreendimento e sua interatividade, ele entenderá com mais facilidade o que foi idealizado.
Por fim, a RA ainda pode ser usada para acompanhamento remoto das obras, promovendo maior agilidade e otimização do tempo.
Lean Construction
O Lean Construction é o conceito por trás da construção enxuta. Essa é a ideia que visa solucionar as necessidades quanto a má eficiência e dificuldades em gerar bons resultados e melhores níveis de gestão produtiva.
Em um mercado cada vez mais competitivo, essa solução diz respeito ao método de gerenciamento de obras que tem como objetivo eliminar desperdícios e melhorar os fluxos produtivos.
Para isso, é necessário ter o pensamento enxuto durante as relações comerciais, na concepção dos projetos, no planejamento e no controle de técnicas.
O Lean Construction gera economia, eficiência e produtividade graças à produção reduzida. Afinal, aqui são eliminadas todas as atividades repetitivas e que não possuem valor, gerando uma ordem estratégica e ininterrupta.
O lema é produzir mais com menos recursos humanos, ferramentas, tempo e espaço! Ou seja, fornecer somente o que é preciso de verdade, usando elementos extremamente necessários e eliminando qualquer tipo de desperdício.
Sustentabilidade e materiais responsáveis
Por fim, mas não menos importante, a sustentabilidade e os materiais verdes são as grandes tendências da construção civil para 2023!
Essa que tem se transformado em uma das grandes preocupações mundiais, possui um papel fundamental no setor. Afinal, como vimos, todas as expectativas citadas até então envolvem a gestão de recursos de maneira sustentável e consciente para evitar perdas.
Logo, a sustentabilidade permeia todas as tendências, tornando-se, cada vez mais, uma característica fundamental para qualquer construção.
Cabe destacar que 79% das emissões totais de gases de efeito estufa são gerados pelas infraestruturas. O relatório da ONU aponta para a importância de repensar um planejamento sustentável para este modelo.
Uma das soluções capazes de evitar os impactos ambientais causados pela construção civil são os blocos cerâmicos. Isso porque eles reduzem significativamente a emissão de gases do efeito estufa, se comparados com os blocos de concreto.
O motivo por trás disso está na sua construção realizada com fontes de energia renováveis, como biomassas e cavacos de madeira, por exemplo.
Além disso, 1 m² de parede feita de blocos cerâmicos necessita de 24% menos água do que 1 m² de parede de blocos de concreto e 7% menos do que a parede de concreto moldado in loco, segundo Anicer.
Portanto, o primeiro passo para começar a investir nas tendências acima, por meio da sustentabilidade, é investir em blocos cerâmicos. Se você deseja entender um pouco mais sobre o papel deste material na construção sustentável, recomendamos a leitura do nosso conteúdo de blog sobre o assunto.