É fato que fazer o orçamento de obra é uma parte primordial de qualquer construção, mas ainda assim, muitas pessoas deixam isso de lado e acabam tendo prejuízos em seus projetos.
A falta de planejar um orçamento, pode causar imprevistos desagradáveis, custos extras e até atrasos na entrega da obra.
Basicamente, o orçamento de obra trata-se de um documento com informações financeiras e físicas da obra. É por meio dele que será possível determinar e estimar custos envolvidos com a execução do projeto, antes mesmo de começar.
Através do planejamento deste orçamento, é identificado previamente o custo total da obra e se o projeto é viável ou não.
Nesse sentido, pensando em ajudar você nesta importante etapa, vamos apresentar 7 pontos para avaliar antes de fazer um orçamento de obra de qualidade. Continue a leitura para saber quais aspectos é preciso ficar atento!
Por que é importante fazer um orçamento de obra?
Desenvolver um orçamento para a construção de um imóvel é simplesmente uma das etapas mais importantes do projeto.
Isso porque, ao considerar todos os fatores para construir o documento, se torna possível definir o quanto será gasto na execução da obra e assim, tem-se um maior controle dos gastos.
Quando se trabalha em cima de um orçamento de obra mal feito, a probabilidade de erros é imensa. Desde ter falta de recursos e dinheiro, até o aumento do prazo da construção.
Confira a seguir, pontos fundamentais a serem considerados para evitar que o seu orçamento apresente incoerências prejudiciais à construção.
1. Materiais para a construção
Obviamente, este é um fator primordial e indispensável no orçamento. É preciso calcular a quantidade de material necessário, tal como o preço dele.
Nessa fase, é importante levar em conta o tamanho do terreno, assim como a inclusão de áreas externas e até mesmo a possibilidade de uma garagem.
Quando se fala em calcular a quantidade de materiais para montar o orçamento de obra, é fundamental fazer um levantamento quantitativo e incluir até o menor dos insumos.
No levantamento para a alvenaria, por exemplo, vãos menores que uma determinada área possui, não podem ser descontados. Isso serve também para reboco, pintura, escada e materiais de instalação.
2. Mão de obra
Para fazer esse cálculo, considere absolutamente todas as etapas da construção da sua obra e saiba quais serão os profissionais necessários para a execução do projeto. Desde o engenheiro, pedreiro, ajudante, pintor e, eventualmente, até mesmo o designer de interiores.
Parece simples, mas pode ser uma tarefa bem complexa, uma vez que para cada etapa da obra, é designado um grupo de profissionais, e nenhum deles pode ficar de fora do orçamento.
Isso pensando tanto para fins de remuneração dos colaboradores, quanto para compras e investimentos em materiais e equipamentos necessários para realizarem suas respectivas funções.
3. Atividades de gestão do projeto
Este ponto está ligado à administração de todos os fatores para uma obra ser devidamente executada. Deste modo, o responsável por planejar o orçamento, precisa conhecer e analisar todos os itens inclusos no projeto.
Segundo o site Pedreirão, um bom orçamento de obra precisa abranger:
- Equipe administrativa (Administrativo, auxiliar, DP, RH, almoxarifado, etc.)
- Equipe de gestão (Engenheiros, técnico em edificações, estagiários, mestre de obras, encarregados, etc.)
- Equipe de segurança do trabalho, qualidade, médica e meio ambiente (Engenheiro e/ou técnico em segurança do trabalho, técnico em meio ambiente, etc.)
- Alimentação, transporte, equipamentos para proteção individual (EPIs), exames médicos e ferramentas
- Mobilização e desmobilização de obra
- Custos com a manutenção geral do canteiro de obras (escritórios, banheiro, refeitório, limpeza e possíveis aluguéis).
4. Composições de Custo Unitário
Para montar um orçamento de obra de qualidade, é interessante levar em conta a Composições de Custo Unitário (CCU).
Tenha em mente que os serviços feitos na obra possuem uma composição de custo, que contém os insumos a serem utilizados, valor de mão de obra e produtividade. Ter um CCU com valores errados, significa trabalhar com um orçamento furado, que não faz jus a realidade do projeto.
Por meio da composição de custo unitário, obtém-se valores com qualidade e um controle mais preciso, que permite negociações mais vantajosas. Logo, também é possível reduzir o custo final da obra e ampliar a margem de lucro.
5. Perdas e necessidade de reposição de materiais
Não esqueça que imprevistos acontecem! Claro que a ideia é evitá-los e tornar a margem de imprevistos a mínima possível, mas é muito importante que seu orçamento tenha uma margem de erro.
Sendo assim, antes de fazer um orçamento de obra, para que o mesmo fique o mais correto possível, considere fatores e etapas que possuem margem de mudanças e como isso pode afetar o projeto, tanto no quesito financeiro, como no cronograma de obra.
Nesse sentido, tenha uma margem de erro segura em seu orçamento. Isso manterá tudo dentro dos conformes, mesmo se houver algum erro na hora de calcular a quantidade de materiais – pode ser que falte ou sobre algo.
6. Taxas administrativas
No caso das construções civis, é necessário possuir um projeto legalizado, que atenda todas as exigências dos órgãos fiscalizadores. Logo, os documentos incluídos nessa parte burocrática podem custar caro e precisam ser considerados no orçamento de obra.
Nas despesas e taxas administrativas, é importante incluir também o gasto com o consumo de água e energia utilizados na construção. Isso muitas vezes é deixado para trás, mas é essencial que conste no documento orçamentário.
7. Despesas indiretas
São consideradas despesas indiretas aqueles gastos que não são relacionados exclusivamente com a realização da obra. Entretanto, é fundamental que sejam avaliados antes de fazer o orçamento de obra, já que eles são representados em um percentual sobre o custo total do projeto.
Com o objetivo de entender melhor do que se trata, considere os impostos como um exemplo, eles são um percentual do faturamento e a administração central. Cada obra contribui, individualmente, com um percentual da sua receita para custear o escritório central.
A administração central, por sua vez, trata-se da estrutura da empresa – construtora ou incorporadora – que oferece apoio a todas as obras.
Geralmente, um escritório central possui: direção geral da empresa, administração, financeiro, engenharia, contabilidade, recursos humanos, suprimentos, departamento pessoal, qualidade, segurança e outros.
E então?
Conforme as informações que apresentamos neste artigo, nota-se que o orçamento de obra é algo um tanto quanto complexo, mas nada impossível.
Na verdade, para desenvolvê-lo com a máxima qualidade, é preciso trabalho e dedicação. Em troca disso, seu projeto não irá sofrer com imprevistos e gastos extras, por exemplo.
Por fim, uma dica valiosa para efetuar um orçamento de obra de qualidade é buscar ferramentas e métodos para desenvolvê-lo com mais praticidade, precisão e agilidade.
Caso você tenha ficado com alguma dúvida sobre o assunto, fique à vontade para entrar em contato conosco!