O valor agregado de insumos deve substituir o preço como fator decisivo de compra. Isso porque nem sempre o material mais barato será o de maior eficiência e qualidade. Na verdade, tende a ser o contrário.
Portanto, para entender melhor como avaliar esse tipo de critério, listamos neste texto dicas. E, ainda, reforçamos os impactos causados pela falta de atenção ao custo-benefício dos produtos.
Confira a seguir e boa leitura!
Mas afinal, qual é a importância do valor agregado de insumos durante a sua seleção?
O valor agregado de insumos deve substituir, imediatamente, o preço como fator decisivo de aquisição! Afinal, o conceito desse critério refere-se a tudo aquilo que o cliente “ganha” ao adquirir o produto em questão.
Ou seja, ele configura os benefícios que a construtora recebe ao comprar tal material. Até porque basta pensar nos efeitos negativos causados pela aquisição de itens mais baratos.
Então, um material realmente econômico é capaz de oferecer uma relação custo-benefício elevada. Sendo resistente e durável, proporcionando alta qualidade à construção por muitos anos.
É normal que as construtoras já tenham optado por materiais com baixo custo. Mas, você se lembra dos danos causados por eles? A falta de qualidade e eficiência pode gerar riscos à integridade dos profissionais envolvidos no projeto.
Segundo a Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMAT), a construção civil é um dos segmentos que mais registram acidentes. E de 549.405 acidentes de trabalho em todo o país, 30.025 são da Construção Civil. Isso é o equivalente a 5,46% de todos os casos.
Além disso, o baixo custo pode causar ainda mais gastos com reparos e ajustes. Ao passo que a famosa frase “o barato sai caro” é realmente verdadeira! A perda de materiais constante devido à falta de resistência e durabilidade exige uma janela curta de novas compras. E poderá causar paralisações inesperadas, bem como desperdício de tempo, mão-de-obra e de insumo.
Leia mais: Saiba as principais dicas para reduzir o desperdício na construção civil
Para completar, atualmente, com o grande índice de competitividade do setor, esses efeitos negativos geram prejuízos comerciais para a sua construtora.
A avaliação negativa por atrasos e má experiência causará baixa reputação. Dessa forma, será provável que os seus possíveis clientes escolham a concorrência.
Como avaliar o custo-benefício dos insumos?
Para promover o valor agregado de insumos e se destacar em meio a mais de 147.389 empresas ativas no setor, é preciso seguir algumas boas práticas. Esse número da Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC) reforça a importância de avaliar alguns critérios durante a seleção dos insumos.
Mas, antes de apresentar a lista, reforçamos a importância de estar atualizado com o mercado e as exigências atuais. Somente assim será possível ser coerente ao avaliar esses critérios com base no contexto recente da construção civil.
Para conferir a lista dos fatores importantes de análise, continue a leitura!
Compromisso e autoridade dos fornecedores
Em um primeiro momento, para garantir o valor agregado de insumos, é fundamental a correta análise do compromisso e autoridade dos fornecedores.
Durante a seleção dos materiais, é importante realizar, paralelamente, a avaliação desses profissionais e empresas. Ou seja, o fornecedor precisa entregar mais do que somente o produto.
Ele deve estar comprometido com os seus clientes e, assim, ser capaz de oferecer boa logística, bom atendimento, resistência e durabilidade do material. Além disso, a garantia de entrega rápida e preocupação com o meio ambiente são características importantes que nem sempre são consideradas durante este processo.
Em resumo, é necessário estudar o custo-benefício do fornecedor e equilibrar gastos com a qualidade para não selecionar somente aquele que faz o mínimo.
Logo, a garantia de alguns benefícios durante toda a parceria pode significar maior agilidade e produtividade na execução de obras. Assim como maior qualidade dos resultados, e redução de custos e desperdício.
Sustentabilidade
Como vimos no tópico anterior, a preocupação com a sustentabilidade é um critério que gera ainda mais custo-benefício ao fornecedor. Já quanto ao insumo, o valor agregado é ainda maior.
Isso porque sabemos os impactos da construção civil no meio ambiente. E os produtos que entendem desses efeitos costumam oferecer maior eficiência e resistência.
Por exemplo, os blocos cerâmicos são as opções mais sustentáveis e seguras para qualquer tipo de empreendimento. Esse material é capaz de colaborar com o uso consciente dos recursos naturais e, ao mesmo tempo, gerar bem-estar.
Segundo dados da Anicer, as paredes de blocos cerâmicos causam menos impacto nas mudanças climáticas. Isso porque, 1m² parede de blocos cerâmicos é, aproximadamente, 50% do m² em bloco de concreto e cerca de 34% de 1m² de parede de concreto moldado in loco.
Além disso, e em outro artigo da Anicer, é apontado que os blocos cerâmicos usam 24% menos água em um metro quadrado de parede. O que é 7% a menos de uma parede de concreto moldado in loco. Afinal, esse recurso é usado apenas na utilização de argamassa e não na dos blocos.
Por fim, o material de cerâmica é 100% reciclável! A fabricação deles é realizada por meio de fontes de energias renováveis, como biomassas e cavacos de madeira. E seus resíduos podem ser reutilizados para a fabricação de novas peças.
Tudo isso é importante para o meio ambiente e também para a saúde financeira do seu negócio!
Propriedades físicas do insumo
Outro ponto essencial para o valor agregado de insumos é quanto às suas propriedades físicas. Isto é, a resistência, durabilidade, conforto acústico e capacidade térmica.
Observar esses critérios é fundamental para obter conforto e segurança em todo o seu projeto. Evitando, também, desperdícios e gastos desnecessários.
Se ainda continuarmos com o exemplo do bloco de cerâmica, podemos destacar que eles contribuem para o isolamento térmico e acústico. Ele se diferencia dos materiais tradicionais justamente por isso. A sua colaboração com o bem-estar dos envolvidos no ecossistema do projeto é o que gera ainda mais valor agregado.
Tudo isso porque eles possuem microporos que ajudam a bloquear a passagem de umidade, mantendo a temperatura mais constante e seca. Além disso, o coeficiente de condutibilidade térmica é três vezes menor que o bloco de concreto.
Conformidade com as principais normas do setor
Mais um critério extremamente importante para a correta avaliação do valor agregado de insumos refere-se a conformidade com as principais normas do setor.
Elas são fundamentais para a garantia da qualidade, segurança, eficiência e produtividade das atividades. Por isso, reúnem uma série de requisitos que cada produto/tarefa precisa seguir para promover os melhores resultados.
Ainda no contexto dos blocos cerâmicos, podemos citar algumas das principais, como:
- ABNT NBR 15.270: responsável por atestar a conformidade do produto com os requisitos especificados em sua área de atuação, garantindo a qualidade;
- ABNT NBR 15.812: contém partes que visam estabelecer os requisitos mínimos exigíveis para a execução e o controle de obras com estruturas de alvenaria de blocos cerâmicos, bem como para o projeto dos mesmos;
- ABNT NBR 15.575: responsável por determinar o índice de redução sonora ponderado em 40 dB. Atestando a aptidão quanto ao isolamento acústico em habitações sujeitas a ruídos;
- ABNT NBR 10.636: afirma quanto à resistência ao fogo em parede com função estrutural no grau corta-fogo e no grau para-chama.
- Selo PSQ (Programa Setorial da Qualidade da Cerâmica Vermelha): atesta a qualidade e a eficiência da cadeia produtiva de diversos segmentos do mercado, sendo um deles a construção civil. Para promover a satisfação dos consumidores e a conformidade técnica dos materiais.
Os blocos cerâmicos que seguem essas normas, por exemplo, promovem mais segurança, eficiência e qualidade na execução e no resultado. O que, consequentemente, colabora com o valor agregado do mesmo!
Próximo passo
Como abordado ao longo do texto, não há mais como selecionar materiais somente pelo preço. É claro que esse é um fator importante. No entanto, ele não deve ser o único ponto decisivo.
Aqui, no lugar dele, é fundamental avaliar o valor agregado de insumos para assegurar um ótimo custo-benefício. Sempre com base nas características, diferenciais e vantagens oferecidas pelo mesmo.
Para compreender mais sobre os efeitos dos materiais na saúde financeira da construção civil, clique aqui. Reunimos em um conteúdo de blog os principais elementos que impactam na redução de custos do projeto.